Nunca,
desde 2008, houve um clima de tão intensa mobilização para a luta por parte dos
professores, como existe hoje. De toda a parte chegam notícias de que se está a
organizar a sério a greve às avaliações e aos exames. A minha escola, na Guarda
(Escola Secundária da Sé), está virada do avesso neste aspecto (era
reconhecidamente uma escola em que a mobilização não era fácil). Cerca de 90%
dos professores apoiam declaradamente a greve. Realizou-se ontem uma Reunião
Geral de Professores que aprovou os objectivos da luta e na qual foi criada uma
Comissão de Greve, que está a tratar de todos os aspectos organizativos e de
repartição equitativa dos custos dessa mesma greve. Esta Comissão reuniu já com
a direcção da Associação de Pais para lhe transmitir o que julgamos ser a
identidade de interesses entre professores, alunos e pais, a qual correu muito
bem. Bem sei que, nesta primeira fase da luta, a intensa mobilização dos
professores não significa ainda a assumpção clara de atitudes de arrojo e
coragem, como terá de suceder na fase da greve aos exames. Mas as coisas mudam
a cada dia que passa. Talvez para a semana, depois dos primeiros dias da greve
às avaliações e dos ataques e declarações do governo e do ministro, a
disposição para o combate seja ainda mais visível. Estamos numa encruzilhada
decisiva. É preciso fazer tudo para que nenhuma reunião de avaliação se realize
em nenhuma escola do país. Este objectivo não é difícil de alcançar e criará
certamente um ambiente muito favorável para a fase seguinte da luta.
Leopoldo
Muito bem,
ResponderEliminartambém me parece que desta vez, a coisa vai.
As notícias da Secundária da Sé deixam-nos animados. Bom exemplo.
Abraço,
Luís Sérgio
Olá Leopoldo,
ResponderEliminarNo agrupamento de Rio de Mouro a coisa também está a andar e foi bonito assistir, numa reunião comum ao agrupamento, a uma salva de palmas dos professores reunidos aos de uma das escolas por já estarem mais adiantados, tendo já tomado diversas resoluções muito positivas!
Um abraço
David