Quem tiver ouvido, um minuto
que seja, do discurso do Presidente da República no último dez de junho
percebeu que Portugal não pode ter a veleidade de esperar encontrar uma solução
institucional para os problemas em que estamos submersos. A nossa vergonha é
termos como Presidente alguém que não tem vergonha da sua ignorância, antes faz
a sua apologia. O discurso do acima citado é o discurso de alguém que deixou de
respeitar a instituição que representa, logo deixou de nos respeitar, logo é
alguém que não merece o lugar que tem, aceitou ser o boneco articulado de
alguns interesses económicos, e ideológicos que estão em sintonia com os dias
mais negros da história Europeia. Se alguém duvida, reveja com atenção as
palavras do António Borges, Passos Coelho, Carlos Moedas e Gaspar, antes de
estarem no governo como depois de se instalarem e chegam à conclusão de que
estes seguem uma ideologia pró-fascista, sem dúvida, pelo desprezo que clara e
inequivocamente têm revelado pelo povo em geral e pela maneira como
paulatinamente têm vindo a destruir aquelas classes sociais que lhes podem, ou
poderão vir a levantar-lhes problemas, como a classe média de uma forma geral e
em particular, classes profissionais, como por exemplo os professores. Uma
sociedade em que impere o liberalismo extremo, equivale a uma sociedade
incaracterística a curto prazo, em que definitivamente o país passa a ser um sítio
sem direitos, sem identidade, controlado por meia dúzia de grandes empresas e,
tal como no passado, pertencendo às tradicionais famílias que controlam o pais
há muito tempo, alguns dos novos-ricos, as multinacionais que nos querem
comprar e os filhos da corrupção alimentada pelos primeiros.
O embuste da crise, e de que somos nós que a temos que pagar, serve os interesses ideológicos e fascizante destes senhores a quem eu chamaria, gatos-pingados, que parecem trabalhar para alguma casa mortuária, de tal forma nos querem enterrar a todos. Por razões igualmente ideológicas eles atacam o sistema de ensino. A Lurdes Rodrigues abriu a porta e o Crato, pau mandado, aproveita, entrando para levar a bom termo a destruição completa do sistema de ensino, com o pretexto da necessidade de reformar. Primeiro a ignorância convém-lhes, segundo sai muito mais barato uma escola faz de conta (e que poderá assim vir a justificar a necessidade dos privados) do que formar cidadãos atentos, informados e preparados, capazes de uma intervenção crítica num sistema democrático. Se queremos acabar com a pouca e já fraca Democracia Ocidental, começamos obviamente por acabar com o ensino e com o que resta da capacidade reivindicativa dos professores. Enquanto se introduz o ensino obrigatório até ao décimo segundo ano, como forma de afastar os jovens do mercado de trabalho, ao mesmo tempo tudo se faz para que eles andem na escola sem aprenderem nada. Acaba-se com cursos noturnos, acabam-se com disciplinas, altera-se a carga horária, introduz-se uma reforma curricular cujo objetivo é colocar professores fora do ensino, para fazer a vontade a um sinistro ministro e ao seu imoral governo, que a única coisa que mostrou foi ser um fiel criado dos interesses financeiros e políticos daqueles que representa. Os professores, hoje em dia, têm que lutar pelo direito ao trabalho, com condições específicas pelas características da atividade, pelas condições de que precisam para conduzir a bons resultados com dignidade, e qualidade. Precisamos de ser responsáveis, e isso passa por lutar contra este poder sinistro que tomou conta do estado português. O nosso problema passa por termos um governo que perdeu o sentido moral da sua missão, sem sentido ético para a vida, um governo constituído por aldrabões, compulsivamente mentirosos, que não respeitam as suas próprias leis, que perderam a vergonha. No entanto, como é possível um país fazer-se representar por uma triste figura como a do atual Presidente da República, abusivamente presidente porque ele, da forma mais iniqua, se demitiu de nos representar e defender, que é para isso que existe a Presidência da República? É preciso acordar! Tal como antes do vinte e cinco de Abril, as pessoas deste país, e independentemente das suas tendências políticas, têm que lutar contra este poder sinistro que nos corrói o espirito, a dignidade e a vontade, para isso são precisos gestos muito simples mas que têm que ser assumidos em conjunto. Quanto a mim, sou professor e cidadão, fica-me mal dizer o que se segue, mas perante a imoralidade e falta de vergonha desta gente, só me apetece apanhar uma pedra do chão.
O embuste da crise, e de que somos nós que a temos que pagar, serve os interesses ideológicos e fascizante destes senhores a quem eu chamaria, gatos-pingados, que parecem trabalhar para alguma casa mortuária, de tal forma nos querem enterrar a todos. Por razões igualmente ideológicas eles atacam o sistema de ensino. A Lurdes Rodrigues abriu a porta e o Crato, pau mandado, aproveita, entrando para levar a bom termo a destruição completa do sistema de ensino, com o pretexto da necessidade de reformar. Primeiro a ignorância convém-lhes, segundo sai muito mais barato uma escola faz de conta (e que poderá assim vir a justificar a necessidade dos privados) do que formar cidadãos atentos, informados e preparados, capazes de uma intervenção crítica num sistema democrático. Se queremos acabar com a pouca e já fraca Democracia Ocidental, começamos obviamente por acabar com o ensino e com o que resta da capacidade reivindicativa dos professores. Enquanto se introduz o ensino obrigatório até ao décimo segundo ano, como forma de afastar os jovens do mercado de trabalho, ao mesmo tempo tudo se faz para que eles andem na escola sem aprenderem nada. Acaba-se com cursos noturnos, acabam-se com disciplinas, altera-se a carga horária, introduz-se uma reforma curricular cujo objetivo é colocar professores fora do ensino, para fazer a vontade a um sinistro ministro e ao seu imoral governo, que a única coisa que mostrou foi ser um fiel criado dos interesses financeiros e políticos daqueles que representa. Os professores, hoje em dia, têm que lutar pelo direito ao trabalho, com condições específicas pelas características da atividade, pelas condições de que precisam para conduzir a bons resultados com dignidade, e qualidade. Precisamos de ser responsáveis, e isso passa por lutar contra este poder sinistro que tomou conta do estado português. O nosso problema passa por termos um governo que perdeu o sentido moral da sua missão, sem sentido ético para a vida, um governo constituído por aldrabões, compulsivamente mentirosos, que não respeitam as suas próprias leis, que perderam a vergonha. No entanto, como é possível um país fazer-se representar por uma triste figura como a do atual Presidente da República, abusivamente presidente porque ele, da forma mais iniqua, se demitiu de nos representar e defender, que é para isso que existe a Presidência da República? É preciso acordar! Tal como antes do vinte e cinco de Abril, as pessoas deste país, e independentemente das suas tendências políticas, têm que lutar contra este poder sinistro que nos corrói o espirito, a dignidade e a vontade, para isso são precisos gestos muito simples mas que têm que ser assumidos em conjunto. Quanto a mim, sou professor e cidadão, fica-me mal dizer o que se segue, mas perante a imoralidade e falta de vergonha desta gente, só me apetece apanhar uma pedra do chão.
Luís
Machado
Caro Luís ,
ResponderEliminarBoa reflexão, vergonha é coisa que esta gentalha não tem na cara há muito tempo. Tempo demais.
Tenhamos nós coragem para apanhar pedras e as lançar ao alvo certo
Abraço,
Luís Sérgio
Ó Luís, o Cavaco tem razão ...não há fraturas sociais, toda a sociedade está unida contra ele e o governo! Ainda não percebeu é a dinâmica desta estrutura social coesa como nunca: dar-lhe um pontapé no rabo dele e nos do governo!
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